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Recuperação com ventosas, verdade ou mito?

  • Foto do escritor: Sérgio Maurício
    Sérgio Maurício
  • 10 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Alguns atletas nas olimpíadas do Rio de Janeiro têm utilizado o método do cupping (ventosas) para uma melhor recuperação da fadiga muscular. As marcas em forma de bolas deixadas na pele têm despertado o interesse no assunto e o questionamento se de fato é um método eficaz. Trata-se de mais uma estratégia da medicina complementar, voltada para o alívio da dor, sendo muito utilizada nas terapias orientais.

Nesse método, pequenos copos de vidro são colocados sobre a pele e através de êmbolos ou calor é gerada uma pressão negativa, que deve ser mantida por poucos minutos. O vácuo gerado pelo cupping leva ao aumento de fluxo sanguíneo na região, o que em teoria melhora também a vascularização da musculatura local. O aumento da pressão leva à ruptura de pequenos capilares sanguíneos da pele, responsáveis pelas marcas redondas na região, como se fossem “chupões”.

Os defensores da técnica baseiam-se na hipótese de uma melhor oxigenação muscular e com isso, uma regeneração mais eficaz das microlesões oriundas do esforço intenso. Além disso, a pressão negativa melhora a resistência para dor e reduz a inflamação local. No entanto, a literatura médica ainda se mostra controversa quanto ao assunto. Em 2013 pesquisadores alemães usaram o método para tratar paciente com dores musculares crônicas na região cervical, com bons resultados, porém os próprios autores sugeriram que mais estudos fossem feitos a respeito do método. Já em 2014 autores de Oxford pesquisaram artigos sobre o assunto e concluíram que existem poucas evidências científicas que comprovem a eficácia do método.

Muito se questiona se o efeito placebo é o grande responsável pelos resultados do tratamento ou se de fato existe uma recuperação mais eficaz, mas como no esporte a moda pega rápido, logo veremos muitos atletas e amadores pintados como dálmatas por ai. Porém, caso queira experimentar as ventosas não tente sozinho, pois o método não é isento de riscos. Os efeitos adversos mais encontrados são a anemia e ativação viral do herpes zoster no local. Feridas de pele como bolhas e até abscessos também podem ser desenvolvidos quando o método não é realizado por pessoa habilitada

 
 
 

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